O objeto do desejo é como um fantasma, semelhante aos pontos pretos da figura. Está sempre tão perto que temos a sensação de que um único movimento nos fará agarra-lo. Mas basta que a gente o toque com os olhos para que ele escape e esteja em outro lugar. E assim nunca o alcançamos. É um objeto perdido. Uma ilusão que nos mantém em movimento em busca do inatingível, uma cenoura presa à própria cabeça.
Talvez não seja fácil criar caminhos sobre o nada e inventar um trajeto que o faça atravessar os assombros de si mesmo. A certo ponto é possível que doa desfazer-se de tudo aquilo que era caro apenas para olhar-se de frente e desprovido de disfarces. Por fim será estranho ver abismar-se diante de si um desconhecido, cheio de avessos desejos e belezas incógnitas. Mas é exatamente nesse encontro, nesse desembolar de novelos, que a vida vai se tornando mais leve.
sábado, 28 de janeiro de 2012
O Objeto Perdido
O objeto do desejo é como um fantasma, semelhante aos pontos pretos da figura. Está sempre tão perto que temos a sensação de que um único movimento nos fará agarra-lo. Mas basta que a gente o toque com os olhos para que ele escape e esteja em outro lugar. E assim nunca o alcançamos. É um objeto perdido. Uma ilusão que nos mantém em movimento em busca do inatingível, uma cenoura presa à própria cabeça.
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